Nuno Gomes, capitão da Selecção, reencontra amanhã Fatih Terim, seleccionador da Turquia. Os dois trabalharam juntos na Fiorentina, em 2000/01, e ficaram bons amigos. O turco acabaria por nem completar a época, mas deu início a uma campanha muito boa, que terminou com a conquista da Taça de Itália. "Em Florença era apelidado de Imperador. Os adeptos gostavam muito dele e mesmo quando saiu era muito acarinhado. No final dos jogos ia com os jogadores festejar junto dos adeptos. Tinha muita vontade de vencer e dava tudo pelos jogadores", contou Nuno Gomes em exclusivo a O JOGO.
O avançado português só tem elogios para Terim, com quem gostou de trabalhar. "É um treinador alegre. Deixa os jogadores à vontade, transmite-lhes muita força e motiva-os imenso", recorda, destacando ainda que o actual seleccionador turco "tem pormenores muito bons antes dos jogos, transmitindo aos jogadores a força dele", destaca.
Apesar de terem passado alguns anos, Nuno Gomes acredita que Terim não mudou a forma de estar. "Pelo que tenho acompanhado, continua o mesmo. Vai certamente transmitir muita confiança aos jogadores turcos e fazê-los acreditar que é possível ganhar a Portugal. É um treinador muito dinâmico e isso é transmitido para o do campo. Vamos ter muitas dificuldades. Os turcos estarão muito bem preparados, porque Terim conhece bem o futebol mundial. Sabe tudo sobre os jogadores e as equipas, porque tem prazer no que faz", destaca.
As recordações que Nuno Gomes tem de Fatih Terim são excelentes. E o mais curioso é que tudo começou logo no primeiro encontro, no hotel onde os dois estavam instalados nos primeiros dias em Itália. O avançado conta o episódio com enorme satisfação e enorme gratidão pelo gesto do treinador turco. "Quando cheguei a Florença, fiquei instalado no mesmo hotel que Terim. Fui jantar ao restaurante do hotel, sentei-me numa mesa e o mister estava noutra a jantar com o director-desportivo e com mais duas ou três pessoas. Ele não quis que eu jantasse sozinho e chamou-me para a mesa dele. Fomos falando de tudo um pouco, não só de futebol, e a dada altura perguntou-me o meu número preferido. Disse-lhe que gostava do 21 e que tinha sido esse o meu número no Boavista, no Benfica e na Selecção. Então ele perguntou ao director-desportivo se o 21 estava livre e ficou a saber que pertencia ao Bresson. Ele disse logo que passava a ser meu. Eu próprio falei com esse jogador, que aceitou dar-me o 21", recorda o avançado, reconhecido ao actual seleccionador turco.
Fonte: OJOGO